T
O tato tatiado de T
Tateia as viculosidades de minha alma
Escorrega por meus vícios com calma
E acolchoa dores cristalizadas na carne.
São toques serenos e cheios de emoção
Embevecido em admiração, adimiro tal beleza,
Estarreço-me diante da beleza de tua pureza
Agarro-me a seus lábios e percorro o coração.
Quando um certo ar lhe invde,
Suas pálpebras caem repetidas vezes
E suas narinas abrem-se numa dinâmica virginal
Tornando musa de pensamentos.
Lustros do paraíso cegam o futuro
E resplandecem o momento vivente,
Todas (mesmo poucas) as vezes em que, videntes,
Os brilhos de seu corpo e alma tocam meu escuro.
Uma esperança feliz recobre os contornos
E faz da terra céu ao tansmitir
Eternidade a este ente do amor,
A esta mulher que um bom homem nunca esqueçe.
T, tateie os frisos do monumento;
O monumento chamado momento,
Apenas por nós reconhecido.
Somos nada sem este
Como o sou na ausência de pensamento,
Fraco na ausência do visco de seus olhos,
O riso aberto em sua face,
O toque angelical da sua pele,
E o beijo epifânico da linha de sua boca.
BIU
07/01/2005