Te Amo
Te amo
Te amo de uma maneira inexplicável.
De uma forma inconfessável.
De um modo contraditório.
Te amo
com meus estados de ânimo
que são muitos, e mudam de humor continuamente.
Pelo que já sabe,
O Tempo.
A Vida.
A Morte.
Te amo
Com o mundo que não entendo.
Com as pessoas que não compreendo.
Com a ambivalência de minha alma.
Com a incoerência de meus atos,
Com a fatalidade do destino.
Com a conspiração do desejo.
Com a ambiguidade dos fatos.
Ainda quando te digo que não te amo, te amo.
Até quando te engano, não te engano.
No fundo, levo a cabo um plano,
para amar-te... melhor.
Pois, ainda que não creias,
minha pele sente falta enormemente da ausência de tua pele.
Te amo.
Sem refletir,
inconscientemente,
irresponsavelmente,
espontaneamente,
involuntariamente,
por instinto,
por impulso,
irracionalmente.
Com efeito nao tenho, argumentos lógicos,
nem sequer improvisados
para fundamentar este amor
que sinto por ti,
que surgiu misteriosamente do nada,
que não tem resolvido magicamente nada,
e que milagrosamente, de pouco, com pouco ou nada tem melhorado o pior de mim.
Te amo.
Te amo com um corpo que não pensa,
com um coração que não raciocina,
com uma cabeça que não coordena.
Te amo
incompreensivelmente.
Sem perguntar-me, porque te amo.
Sem importar-me porque te amo.
Sem questionar-me porque te amo.
Te amo
simplesmente porque te amo.
Eu mesmo não sei porque te amo
PABLO NERUDA
15.7.05
Um dia disseram...
Vc dialoga com o olhar.
E de repente, intercalando silêncio com sorriso, muito é dito.
E num outro instante, está imerso
E se entregar à vida, fechar os olhos
No momento certo buscar o mínimo significado da existência
Dentro do que pode ser denso o suficiente para consumir
Para embriagar de si mesmo.
E que feche os olhos pra tirar de cada instante
o que pode se tornar sublime ao coração.
E de repente, intercalando silêncio com sorriso, muito é dito.
E num outro instante, está imerso
E se entregar à vida, fechar os olhos
No momento certo buscar o mínimo significado da existência
Dentro do que pode ser denso o suficiente para consumir
Para embriagar de si mesmo.
E que feche os olhos pra tirar de cada instante
o que pode se tornar sublime ao coração.
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