Odes Materna
Mãe, no seu ventre vivo o tempo!
Daí nasci e daí saí!
Retirei minhas primeiras energias. De você me nutri!
E, desde que saí, do seu peito vem meu sustento!
De onde eu tirava o leite puro,
Chega, a todo pulo, o amor seguro,
Onde me agarro enquanto a Terra gira!
Mãe, sou um fruto de você!!
Me orgulho de brotar de tal árvore!
Sou uma borboleta viciada em sua sombra!
Sou um pássaro, que, no seu ombro, fez o ninho!
Mãe, um Deus na Terra!
Aquela que do Olimpo fugira
Para sentir tamanha alegria:
A de povoar o mundo de vida!
Só mesmo um coração tão grande como o seu
Pode conter tanta felicidade!
Lembre-se: De você vem nossa vida;
Sem você não temos saída!
BIU
Como és bela, minha Mãe!!
Os movimentos, dotados de sem igual suavidade,
Fazem-te única, ao exalar o mais tenro amor.
A pureza desprende-se de tua maternidade
Como leite, a navegar todo sinal de dor.
Flutuas numa atmosfera de felicidade,
Processas tua contínua dor em feixes de sorrisos.
De certa moça e casal perdidos,
Emites selos que extirpam a opacidade.
Tua beleza é eterna, indivisível, imutável.
Pois é uma idéia. A idéia.
Acessível a todos, mas real só pra mim.
Não temas, minha mãe!!
E temas, minha mãe,
Pois teu temer faz de ti minha mãe!
BIU
7/10/2002
13.3.05
Modigliani
Una Modita sur l'Amour
Contrair o dorso
E recolher,
Erguer as espáduas
E absorver
O medo de fazer sofrer
Que acomete o real amador
Ao beijar torto o ente.
Dói-lhe demais qualquer injúria
E os dedos pintam, reféns da dor,
Harmonizam as fagulhas.
Recolher num reflexo
Que pode ferir
Por demais exaltado
E cerneoso
Receoso
Cerceoso
Ser-se os Ou
Na ânsia de ser e viver.
Viver como espelho do amor
Sem impressões
Nem as digitais
Intocavelmente viver
E fiar-se na fé
De ter o ser
Independente de ter
Para fazer do mi alegria
Do ti euforia
E do si o se da anarquia
Em busca da música da paz
Que não existe na alma que ama.
Culpa do jorro da dor
Que trata de esculpir as suavidades dessa alma
Como o tempo faz os riscos da palma
BIU
12/03/2005
Contrair o dorso
E recolher,
Erguer as espáduas
E absorver
O medo de fazer sofrer
Que acomete o real amador
Ao beijar torto o ente.
Dói-lhe demais qualquer injúria
E os dedos pintam, reféns da dor,
Harmonizam as fagulhas.
Recolher num reflexo
Que pode ferir
Por demais exaltado
E cerneoso
Receoso
Cerceoso
Ser-se os Ou
Na ânsia de ser e viver.
Viver como espelho do amor
Sem impressões
Nem as digitais
Intocavelmente viver
E fiar-se na fé
De ter o ser
Independente de ter
Para fazer do mi alegria
Do ti euforia
E do si o se da anarquia
Em busca da música da paz
Que não existe na alma que ama.
Culpa do jorro da dor
Que trata de esculpir as suavidades dessa alma
Como o tempo faz os riscos da palma
BIU
12/03/2005
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