31.1.05

SULZUL

SULLUZ

Espreitado por chifres pequenos e pontudos
Extrai-se do mistério de que a noite recobre
A paisagem manifesta por lusco-fuscos,
Lampejos dos processos deitados num silencioso molde.

Remetido por horizontes verti-transversais
Aos recônditos do zigue-zague do eu,
Aprofunda-se a sabedoria do ateneu
Ao desconhecer (não conter) as verdades universais

Açoitado pela imperceptível continuidade d e s c o n t i nua do processo,
Vislumbram-se o rasgo do fardo amargo,
Amado por seus gestos singulares do desejo,
E os enfiltramentos do belo pelos vincos do embargo.

E para conhecer-se se faz necessário conhecer
Pois nas entrelinhas do estimulo jaz o si.
Então que numa janela do tempo, permanecer
No tom da viagem da luz ao sul do mi
E deste àquela.

Lucrécio Rodrigues Torres

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