Nunca não ser ninguém nem nada
porém deixar-se estar no tempo
como se a vida fosse água,
com quem bóia à flor da água
sem rumo, sem remo, sem nada
além de sono, tédio e tempo
senhor de todo o espaço e o tempo,
munido só de pão e água
e, sem precisar de mais nada,
beber sua agua enquanto é tempo.
E, depois, nada.
Paulo Henriques Britto - Macau
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