Período
Oscilo entre o sábio e o chulo.
A solidão provoca flutuações do ego
Um silêncio arrebatadoramente cego
Que me projeta no povo por onde perambulo
Firo-me para curar-me
Preciso de fendas que me difratem
E não espelhos que me exaltem ou rebaixem.
Habituei-me às regras do outro.
Penduro a toalha no espelho.
Não estou pronto.
Deito nu
E transparente sigo ao museu,
Infiltro-me no jardim burlesco
E na loja de antiguidades busco o mesmo.
Saudades bárbaras invadem minha consciência
Deixando-me faminto pela programação caleidoscopica.
A tradição japonesa torna-se fóbica
E a sudorese da Cinelândia reflete a ausência.
Mas resgato a felicidade
Ao achar o ângulo que eterniza a realidade.
Biu
12/12/2003
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