8.4.05

Fenda na poesia

Abdução Anfíbia

Um rasgo no prosaico
Suspende o coaxar
Entre um e outro inseto
E engole um pulo másculo
Rumo ao incerto porém irresistível

O trato repentino da arte desconfortável
Transforma o corpo lânguido
Em sustentáculo do desejo
Vetor da física à doença do sentimento
Prostra-se o sapo
Refém da memória do belo
“Numa transversal do tempo”

O temido desconhecido
Por hora abafa o entusiasmo,
Amortece os estímulos
Até que o pensar novo
Revela-se benéfico
Num revelar-se construído sobre ruínas,
Coletado do sumo que escorre
Da condensação escultora do vapor do momento
Sobre a superfície gélida das trilhas do eu


Aperfeiçoadas esculturas
Afeiçoam o anfíbio
Saliente no sutil torcer de cabeça
Frente o infinito belo
Debaixo do rasgo transversal do tempo

Cuooooxe.............Cuuuoooooooooooooxxxxeee


BIU
07/04/2005