16.4.07

Retomada




NoNada

Divino recanto singular
Pasma o olhar urbano

Em momentos de suspensão
Etérea, inacessível ao tempo.

Os peixes virginais dançam
O remanso de dinâmica inimitável.

Tudo tão próximo do imaculado,
Do sentir embasbacado.

Ressurgem sentimentos e emoções
A pulsar a alma
Em seu ritmo natural
Em seu reconhecimento
Do que é intrínseco e inalienável.

A ressonância alma-lugar é perigosa
Ao viciar o ser em sua essência,
No mero reconhecer-se belo.

Mas é tudo para quem a conhece...
O resto é fugaz a menos
Que permita o vislumbre interativo.

O problema é que tudo o dispõe:
Basta um livre ser,
Sem repartir pensar e sentir,
Brotando do tudo nonada em ser.

Parque Estadual Lagoa Azul/ Nobres – MT
Biu
04-02-2007