21.3.06

Farpas do território solidão

Raspas de Rilke

Solidão
Suportada,
Vida,
Desriscada da filogênese
Traço curto
No cristal da criação
Raspas do halo
Turbilhão
Do encontro dos veios
À margem da escuridão
Limite espiral,
Desconcerto de inquietude
Contínua e silenciosa
Solidão

BIU
16-03-2006
Meu território (1998)

Como um inseto
livre sujo
eu rastejo
procurando na superficíe redenção
sob pressão eu misturo
as palavras honestas
elas não mostram o que eu sinto
só demarcam meu terrritório
sujo livre
das suas sujeiras que não são minhas
mas que carrego nos meus pés
que demarcam meu território
longe de você só há uma saída
que não procuro só achando
nos meus sonhos feitos de sujeira
e liberdade
eu me revelo doce
quando você instiga a violência
que existe
sob meus pés
sujos e fracos
e que não pedem descanso
para serem limpos
sonho com você quando sonho comigo
e estou sozinho
novamente
procurando
por você
nesse espaço
já marcado por
mentiras
suor
e lágrimas
que não são
suficientes
para limpar
meus pés
Du Gil