13.3.05

Anita

Odes Materna

Mãe, no seu ventre vivo o tempo!
Daí nasci e daí saí!
Retirei minhas primeiras energias. De você me nutri!
E, desde que saí, do seu peito vem meu sustento!
De onde eu tirava o leite puro,
Chega, a todo pulo, o amor seguro,
Onde me agarro enquanto a Terra gira!

Mãe, sou um fruto de você!!
Me orgulho de brotar de tal árvore!
Sou uma borboleta viciada em sua sombra!
Sou um pássaro, que, no seu ombro, fez o ninho!

Mãe, um Deus na Terra!
Aquela que do Olimpo fugira
Para sentir tamanha alegria:
A de povoar o mundo de vida!

Só mesmo um coração tão grande como o seu
Pode conter tanta felicidade!
Lembre-se: De você vem nossa vida;
Sem você não temos saída!

BIU


Como és bela, minha Mãe!!
Os movimentos, dotados de sem igual suavidade,
Fazem-te única, ao exalar o mais tenro amor.
A pureza desprende-se de tua maternidade
Como leite, a navegar todo sinal de dor.

Flutuas numa atmosfera de felicidade,
Processas tua contínua dor em feixes de sorrisos.
De certa moça e casal perdidos,
Emites selos que extirpam a opacidade.

Tua beleza é eterna, indivisível, imutável.
Pois é uma idéia. A idéia.
Acessível a todos, mas real só pra mim.

Não temas, minha mãe!!
E temas, minha mãe,
Pois teu temer faz de ti minha mãe!

BIU
7/10/2002

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